O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma neurodivergência. Assim, ele costuma impactar a forma como a pessoa autista se relaciona com o mundo e seu entorno.
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Por isso, é importante que cada vez mais pais e educadores conheçam atividades que possam melhorar a qualidade de vida da criança com autismo, sendo um diferencial importante para garantir o desenvolvimento na infância.
Além disso, é, também, uma forma de incentivar a inclusão e o respeito às neuroatipicidades, enquanto estimula o desenvolvimento da pessoa autista, tópico de destaque do abril azul, mês dedicado à conscientização sobre o TEA.
Para te ajudar, então, trouxemos neste artigo várias atividades para autistas, que cobrem diferentes espectros e particularidades, possibilitando um maior conhecimento e aplicação no TEA.
Neste artigo você irá ver:
Qual atividade trabalhar com autismo?
Qual é o objetivo do Dia Mundial da Conscientização do Autismo?
Quais jogos trabalhar com autistas?
Como estimular o autista em casa?
14 atividades pedagógicas e de lazer para crianças com autismo
Quais são algumas atividades recreativas para autistas?
Qual atividade trabalhar com autismo?
As atividades para crianças autistas devem promover o desenvolvimento saudável e respeitar as necessidades de cada uma delas, visando melhorar a coordenação motora, o foco, a criatividade e a capacidade de socialização.
Por isso, muitos tipos de atividade para autista envolvem experiências sensoriais, como brincar com as mãos, correr descalço e outras ações voltadas para regular as percepções táteis. Dentro delas temos:
Brincadeiras lúdicas - ótimas opções, pois estimulam a expressão e a comunicação;
Jogos estruturados (ex: peças de montar) - trabalham habilidades cognitivas e resolução de problemas;
Atividades artísticas (ex: pintura ou colagem): oferecem uma saída criativa para a expressão pessoal;
Histórias - oficinas de leitura e contos interativos podem ser muito úteis, pois incentivam o desenvolvimento da linguagem e emoções.
Ao promover as atividades para autistas severos é necessário adaptar as tarefas, garantindo uma abordagem personalizada e positiva, precisando de mais cuidado com o planejamento e respeitando o tempo de resposta de cada criança.
São exemplos de atividades para crianças autistas:
Pintura com os dedos ou pincel;
Massinha de modelar;
Jogos de encaixe;
Uso de música e movimento.
Essas atividades ajudam na expressão, organização do pensamento e num sentimento de segurança. No caso de atividades para autista não verbal, o uso de comunicação alternativa, como figuras e gestos, pode enriquecer a experiência.
O que estimular no autismo?
É importante que pais, cuidadores e professores estimulem o crescimento saudável das crianças com autismo. Por isso, é válido optar por atividades que trabalhem as habilidades de comunicação e sociais.
As atividades para crianças autistas também precisam estimular a autonomia e a regulação emocional, permitindo que a criança faça coisas básicas do cotidiano de forma independente em um ambiente seguro.
Em relação às atividades para autista não verbal, elas devem estimular a comunicação por meio do uso de expressões faciais, sons, imagens e tecnologias e aplicativos em tablets e celulares, por exemplo.
Alice Tufolo, Diretora Clínica da Genial Care, rede de cuidados de saúde atípica e especializada no cuidado e desenvolvimento de crianças com TEA, em entrevista ao Portal Terra, explica a importância da rotina para o autista:
"Uma dica importante [...] é sobre o planejamento da rotina, considerando as particularidades da criança. É possível aproveitar situações em que a criança pode se expor a diferentes estímulos, desde que respeitando suas sensibilidades e cuidando para que ela tenha maior previsibilidade do que pode acontecer [...]".
Ainda segundo a Diretora, o uso de brinquedos e o aproveitamento dos ambientes também geram benefícios para os pacientes com Transtorno do Espectro Autista:
"Cada criança é única, e é muito importante respeitar os limites e as experiências de cada uma. [...] o ideal é planejar qualquer uma das atividade para autista com antecedência, comunicando à criança quais são os planos, o que ela encontrará, mostrando imagens relacionadas à atividade e reforçando o quanto será divertida a experiência"
Então, também é importante estimular:
Comunicação (mesmo que não verbal);
Interação social (troca de olhares, gestos, turnos em brincadeiras);
Coordenação motora (atividades com as mãos e o corpo);
Sensibilidade sensorial (respeitando os limites da criança);
Autonomia (vestir-se, guardar brinquedos, alimentar-se).
Pensando em atividades para autistas severos, pode-se incluir o uso de salas sensoriais e rotinas com apoio visual, sempre com supervisão.
Essas práticas são especialmente reforçadas durante o mês do autismo, quando escolas e famílias compartilham exemplos positivos de inclusão.
Quais jogos trabalhar com autistas?
Trabalhar jogos com crianças autistas pode ser uma excelente forma de aprendizagem e socialização. O mais indicado é começar com jogos visuais, com regras claras e fáceis.
Essa estratégia funciona também em atividades para autista não verbal, pois favorecem a participação mesmo quando a fala é limitada.
Em todos os casos, os jogos devem ser aplicados com paciência e podem ser adaptados ao nível de compreensão. A seguir, trouxemos alguns exemplos:
Jogos de memória com imagens;
Dominó ilustrado;
Quebra-cabeça;
Jogos com bola;
Brincadeiras de imitação de movimentos;
Jogos de sequência.
Essas atividades podem ser usadas, inclusive, durante o mês do autismo, como propostas em casa ou na escola para incentivar inclusão e interação.
Como estimular o autista em casa?
Estimular uma criança com autismo em casa vai além das brincadeiras! Trata-se de criar uma rotina estruturada, oferecer previsibilidade e propor atividades que fortaleçam a autonomia e a autorregulação.
Por isso, é importante ter um olhar atento às preferências da criança, dentro do que está ao alcance da família, e manter sempre uma comunicação eficiente.
Compreender a pessoa com autismo e, ao mesmo tempo, ajudá-la a se autoconhecer é uma tarefa muito importante, porém, difícil, que a família precisa cumprir desde a infância.
A presença de profissionais adequados é, então, indispensável! Eles irão guiar não só o TEA no consultório, mas também auxiliar na prática em casa e na escola, que fará parte de toda a estratégia criada.
Contudo, algumas estratégias gerais que podem ser aplicadas em casa são:
Criar uma rotina visual com imagens das tarefas do dia;
Usar linguagem simples e direta;
Estimular a comunicação com palavras, gestos ou figuras;
Oferecer escolhas para aumentar a autonomia;
Incentivar pequenas responsabilidades no dia a dia;
Reforçar positivamente cada conquista.
Quais atividades posso fazer em casa com crianças autistas?
As atividades com autistas em casa é necessária para desenvolver estímulos com conforto e segurança para a criança com TEA. É possível ter nesse espaço um desenvolvimento integral e é uma oportunidade para investir em atividades para autistas severos.
As atividades devem ser leves, lúdicas e seguras, respeitando sempre o tempo e o interesse da criança. Aqui vão algumas sugestões:
Pintar com tinta ou giz de cera (excelente atividade para autista com foco em motricidade);
Cozinhar junto (mexer, cheirar, tocar ingredientes);
Fazer teatrinho com fantoches;
Tocar instrumentos caseiros (como panelas ou chocalhos);
Criar uma caixa sensorial com grãos, algodão ou tecidos.
Essas atividades para crianças autistas são ótimas e ajudam os pais a se conectarem com os filhos.
14 atividades pedagógicas e de lazer para crianças com autismo
Crianças com TEA se beneficiam de atividades que unem aprendizado e prazer. Por isso, é fundamental diversificar as propostas e permitir que elas explorem diferentes formas de expressão.
Algumas práticas criativas que podem ser feitas em casa, na escola ou em ambientes terapêuticos são:
Jogos de construção: usar blocos de montar, como LEGO, para estimular habilidades motoras, criatividade e planejamento espacial;
Atividades sensoriais: brincar com areia, massinha, água e bolhas para desenvolver percepção tátil;
Histórias e contos interativos: leitura com livros que tenham abas, texturas ou elementos visuais que incentivem a participação;
Atividades de arte: pintura, desenho e colagem estimulam a criatividade e a motricidade fina;
Jardinagem: plantar e cuidar de plantas ensina responsabilidade e oferece estímulos sensoriais naturais;
Jogos de sequência: jogos de memória, sequência de padrões ou quebra-cabeças ajudam no raciocínio lógico;
Musicalização: tocar instrumentos simples ou dançar com músicas ajuda na regulação emocional e expressão corporal;
Atividades de coordenação motora: pular, andar em linha, lançar ou chutar bola desenvolvem habilidades motoras amplas;
Teatro e dramatização: criar personagens, histórias ou encenações simples melhora a comunicação e empatia;
Exploração ao ar livre: passeios em parques favorecem o bem-estar físico e emocional;
Jogos de tabuleiro adaptados: com regras visuais e condizentes com a compreensão da criança, promovem o raciocínio e a interação social;
Atividades de culinária: preparar receitas simples desenvolve habilidades práticas e noções básicas de matemática (quantidade), além de estimular a curiosidade nos alimentos;
Sessões de relaxamento e mindfulness: práticas leves de respiração e concentração ajudam na autorregulação;
Explorar as tecnologias: uso de aplicativos educativos pode apoiar no desenvolvimento cognitivo e motor, desde que monitorado.
Quais são algumas atividades recreativas para autistas?
As atividades recreativas são importantes não apenas para o lazer, mas também para promover bem-estar emocional e fortalecer os laços afetivos.
São, também, uma forma prazerosa de aplicar atividades para autistas severos, que precisam de estímulo sem sobrecarga sensorial.
Essas brincadeiras devem ser prazerosas, respeitando o ritmo da criança. Algumas boas opções são:
Dançar;
Brincar com bolhas de sabão;
Caminhadas em locais tranquilos;
Assistir desenhos curtos e conversar sobre a história;
Brincar com areia, água ou tecidos;
Conhecer ambientes pensados para neurodivergências.
Entender as neurodiversidades e acolher as particularidades de cada criança é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. Ensinar aos pequenos como lidar e respeitar o próximo é indispensável em qualquer idade.
Conhecer atividades que possam ser realizadas com autistas, independente do espectro, é uma oportunidade de melhorar o desenvolvimento dessas crianças, ao mesmo tempo que estimula a socialização e participação.
No mês do autismo, e durante todos os anos, você pode incentivar a inclusão através do brincar! Compartilhe este artigo e apoie que mais pessoas estejam interessadas no assunto.
Veja mais sobre “Neurodiversidade na Infância: estratégias para casa, escola e convivência social” em uma entrevista especial com a pedagoga Kátia Leite. Com 20 anos de experiência em educação, ela faz parte do grupo de pesquisadores da Rede Ciência para Educação (CpE) e é licenciada em Letras e Coaching e Desenvolvimento Humano, especialista em Psicopedagogia no processo ensino aprendizagem, Neuropsicopedagogia e Neurociência.
A inclusão começa na escola
Tanto se o seu filho é uma criança autista, quanto se ele não for, uma escola com inclusão faz toda a diferença na formação do estudante. A convivência entre as pessoas da mesma idade tem papel fundamental no desenvolvimento humano.
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